Publicado em 06/05/2016

Rumo Logística reduz prejuízo com maiores volumes transportados

Prejuízo foi de R$ 185 milhões no primeiro trimestre. Tarifa média de transporte ferroviário subiu 13% contra 1º tri de 2015.

 

A transportadora Rumo Logística teve prejuízo líquido de R$ 185 milhões no primeiro trimestre, reduzindo o resultado negativo de R$ 226,2 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior em meio ao aumento dos volumes transportados e das tarifas.

Ainda assim, a empresa apresentou prejuízo diante de maiores custos e despesas operacionais pela adoção de novas políticas contábeis, assim como maiores despesas financeiras devido ao aumento das taxas médias de juros.

A companhia teve avanço de 42,7% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) na comparação anual, a R$ 444,6 milhões. A margem Ebitda subiu 5,4 pontos percentuais, a 37,5%.

A empresa prevê Ebitda no acumulado de 2016 entre R$ 2,3 bilhões e R$ 2,5 bilhões.

O volume total transportado chegou a 10,075 bilhões de TKU, alta de 11,5 % sobre os três primeiros meses de 2015, com aumento de 22% no volume de produtos agrícolas transportados, com destaque para a operação na região norte. O volume de produtos industriais, porém, caiu 21,3%.

A tarifa média de transporte ferroviário subiu 13% contra o primeiro trimestre do ano passado.

Segundo a empresa, a reestruturação de processos operacionais para aproveitar melhor os ativos e aumentar a eficiência de terminais contribuiu para o resultado, assim como o deslocamento de volumes da segunda safra de milho de 2015 do quarto trimestre do ano passado para o primeiro de 2016.

"Estes volumes aliados ao início da safra de soja acabaram por preencher meses tipicamente dedicados à entressafra", disse a Rumo. Além disso, investimentos realizados em 2015 em equipamentos ferroviários e infraestrutura das vias permanentes criaram capacidade adicional, preenchida pela nova estratégia comercial para garantir volume no longo prazo, afirmou.

Assim, a receita operacional líquida aumentou 22,2%, alcançando R$ 1,19 bilhão.

A alavancagem medida pela relação da dívida abrangente líquida sobre Ebitda caiu para 4,98 vezes, ante 5,14 vezes no fim de 2015.

A companhia informou ainda que a conclusão de seu processo de capitalização de R$ 2,6 bilhões em abril permitiu celebração de proposta com bancos comerciais para reestruturar R$ 2,9 bilhões em dívidas com vencimento entre 2016 e 2018 para um prazo de 7 anos, com 3 anos de carência.

Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se comprometeu com a aprovação de linhas adicionais de crédito no total de R$ 2,8 bilhões, que serão dedicados à execução do plano de investimentos em conjunto com os 700 milhões de reais já aprovados.

G1

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